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A campanha Novembro Azul começou como um movimento de conscientização e prevenção contra o câncer de próstata, que é ainda hoje a segunda principal causa de morte por câncer em homens. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), apenas o câncer de pulmão mata mais homens que o câncer de próstata hoje.
Com o sucesso da campanha, o Novembro Azul ampliou o debate para conscientizar sobre a saúde integral do homem, pois ainda hoje, muitos tabus impedem que os homens procurem por serviços de saúde de forma preventiva.
A dificuldade masculina em buscar ajuda faz com que eles cheguem aos serviços médicos quando um problema que poderia ser evitável já se instalou. Conheça alguns dados que demonstram essa difícil relação do homem com a própria saúde e mostram por que a sociedade deveria debater mais o assunto:
- Eles fazem menos consultas
Segundo a pesquisa nacional de saúde do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2019, 159,6 milhões (76,2%) de pessoas haviam se consultado com um médico no país nos últimos 12 meses anteriores à realização da pesquisa. Entre eles, a proporção de mulheres que consultaram médico (82,3%) foi bem superior à dos homens (69,4%).
- Eles morrem mais cedo, e em maior quantidade
De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), a cada três mortes de adultos no Brasil, duas são de homens. No Brasil, eles vivem, em média, sete anos a menos do que as mulheres.
- Eles desenvolvem mais doenças graves
A Política Nacional de Atenção Integral da Saúde do Homem (PNAISH) traz dados que mostram que homens são mais propensos a desenvolverem algumas doenças, como:
- Doenças do coração;
- Diabetes;
- Pressão arterial alta;
- Câncer;
- Obesidade;
- Cuidado também é coisa de homem, e o mercado de trabalho precisa entender isso
Uma pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) apontou alguns dos principais motivos pelos quais homens procuram menos os serviços de saúde, entre eles a visão de que cuidar é uma tarefa feminina e as questões relacionadas ao trabalho.
Essa visão limitada faz com que muitas unidades de saúde não atendam em horários mais propícios para que homens possam acessar os serviços de saúde, que são momentos fora do horário de expediente do trabalho.
Por outro lado, empresas também precisam entender que seus funcionários homens não são invulneráveis, e que horários de trabalho flexíveis podem ajudá-los a procurar mais por serviços de saúde preventivos, como vacinação, consultas médicas e realização de exames.
Vacinas para homens
A vacinação está entre as principais medidas de medicina preventiva. Por isso, incentivar que mais homens busquem atualizar a sua carteira de vacinação é uma das várias formas de melhorar a relação do homem com sua saúde e de reverter as estatísticas negativas que permeiam a saúde do homem.
Conheça as principais vacinas recomendadas para a população masculina:
- HPV4
- Febre amarela
- Gripe (Influenza)
- Meningocócica B e ACWY
- Vacinas pneumocócicas (VPC13 e VPP23)
- Dengue
- Hepatite A + B
- Tríplice Bacteriana adulto (dTpa)
- Tríplice Viral (SCR)
- Varicela (catapora)
- Herpes Zóster
Todas as vacinas citadas neste artigo são recomendadas pela Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm) e estão disponíveis na Imunocamp!
Fontes: Política Nacional de Atenção Integral da Saúde do Homem (PNAISH), do Ministério da Saúde; CNN Brasil; Portal Terra; e Portal SBIm Família.