Catapora: tudo que você precisa saber!

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Vacina da catapora em crianças!
Vacina da catapora em crianças!

A catapora era uma das doenças mais comuns em crianças antes da invenção da vacina. Isso porque a doença, transmitida pelo vírus Varicela Zoster, é altamente contagiosa – sendo mais comum em crianças de até 10 anos, porém mais perigosa para adolescentes e adultos.

A doença, também conhecida como Varicela, é famosa por causar na pele feridas ou bolhas avermelhadas com coceira. A maior parte das pessoas que pegam catapora podem ser consideradas imunes contra a doença pelo resto da vida, mas o vírus permanece no organismo e pode ser reativado na velhice, causando outra doença: a Herpes-Zoster.

Transmissão

A catapora é transmitida por tosse, espirro, compartilhamento de itens em comum e através do contato com o líquido presente nas bolhas. Mesmo os infectados assintomáticos podem transmitir a doença, que costuma se espalhar mais durante o inverno, já que é nesta época que as pessoas se aglomeram mais em locais fechados devido ao frio.

A doença pode levar de 10 a 21 dias para manifestar os sintomas, e as feridas quando aparecem costumam durar mais 5 ou 10 dias na pele. As pessoas podem transmitir o vírus até 2 dias antes dos sintomas aparecerem, e permanecem contagiosas enquanto as feridas se mantêm.

Outra possibilidade de transmissão é de idosos com Herpes Zoster para pessoas ainda não vacinadas.

Sintomas

As feridas avermelhadas que coçam são o sintoma mais perceptível da doença, e costumam surgir primeiro no rosto, no couro cabeludo ou no tronco, e se proliferam para outras partes do corpo a partir daí.

Depois de cerca de 2 dias, as feridas ficam acinzentadas e criam crostas, mas outra onda de feridas pode surgir em outro local do corpo se não tratado. Não é raro que novas bolhas apareçam na boca, na pálpebra ou mesmo na vagina.

Além das bolhas com coceira, outros sintomas podem aparecer, como:

  • Febre
  • Mal-estar
  • Perda de apetite
  • Dor de cabeça
  • Dor de barriga

Tratamento

Nos primeiros sinais de sintomas, é importante procurar um médico para buscar tratamento, que se limita a aliviar os sintomas e evitar que o quadro se agrave. Calamina e géis refrescantes são comuns para aliviar a coceira, e paracetamol ou dipirona são eficazes contra a febre. 

É importante evitar a contaminação das lesões por bactérias, o que pode complicar o quadro da doença. Quando pessoas com a saúde mais frágil contraem a doença, é comum que os sintomas sejam mais graves. Neste caso, pode ser necessário tratamento com antiviral e imunoglobulinas específicas.

Prevenção e vacina

Como a catapora é mais contagiosa quando as feridas aparecem, é necessário isolar a pessoa com Varicela de locais públicos até que as bolhas desapareçam – o que acontece normalmente dentro de duas semanas. Vestimentas, roupas de cama e banho e outros objetos possivelmente contaminados devem passar por uma limpeza rigorosa.

Além de todos esses cuidados, a forma mais eficiente de prevenção contra a doença é a vacinação. É recomendado que a vacina Varicela (Catapora) seja tomada em duas doses: a primeira aos 12 meses e a segunda entre 15 e 24 meses de idade (excepcionalmente, em situações de surto, pode ser tomada a partir dos 9 meses).

Essas doses coincidem com o esquema de vacinação da vacina SCR e, portanto, a vacina SCR-V pode ser usada nas duas doses. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) disponibiliza uma dose da vacina varicela, aos 4 anos de idade, correspondente à segunda dose do esquema contra varicela. A primeira dose é aplicada aos 15 meses, como parte da vacina tetraviral (SCR-V). 

Para crianças até 11 anos, o intervalo mínimo entre doses é de três meses. Já para adolescentes e adultos suscetíveis são indicadas duas doses com intervalo de um a dois meses.

A vacina Varicela (catapora) é recomendada pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), e pode ser encontrada na Imunocamp!

Fontes: Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), SBim Família, Ministério da Saúde e Portal Minha Vida

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