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Quando o calor do verão vai embora e as temperaturas ficam mais amenas, é sinal de que o Outono está se fazendo presente. Essa época do ano traz um clima mais fresco, o ar mais seco e uma pior qualidade do ar, de forma geral.
Quando começamos a perceber um aumento de pessoas tossindo ou espirrando, é a hora de se imunizar contra doenças cujo principal meio de transmissão são gotículas do nariz ou da boca.
É por isso que o Outono é a época ideal para tomar as vacinas que previnem doenças respiratórias.
Quanto mais perto do inverno, maior a probabilidade de convivência em ambientes fechados e com pouca ventilação, para se manter aquecido, e aumenta a probabilidade de entrarmos em contato com as gotículas de pessoas possivelmente doentes ao nosso redor.
Conheça as vacinas mais recomendadas para se tomar nesta época do ano:
Vacinas pneumocócicas
Uma das doenças respiratórias mais comuns, tanto no outono quanto no inverno, é a pneumonia. A doença pode ser causada por diversos vírus ou bactérias, mas a prevalência dos casos gerados pela bactéria pneumococo chama a atenção. Conheça as vacinas para preveni-lo:
- Vacina pneumocócica conjugada 10-valente (VPC-10): protege contra 10 sorotipos de pneumococo. Ela é usada na vacinação infantil em postos de saúde do sistema público, para crianças até 5 anos de idade.
- Vacina pneumocócica conjugada 13-valente: previne cerca de 90% das doenças graves causadas por 13 sorotipos da bactéria. Ela é usada principalmente na vacinação infantil, sendo indicada para crianças entre 2 meses e 6 anos. É ela que “introduz” a proteção contra a bactéria ao corpo, e segue sendo recomendada para a vacinação de adolescentes, adultos e idosos sem histórico de vacinação ou com imunização incompleta.
- Vacina pneumocócica polissacarídea 23-valente: atua como um complemento à VPC13, aumentando a gama de sorotipos de pneumococo que ela protege de 13 para 23. Ela atua como um “super reforço” à VPC-13 para idosos e crianças acima de 2 anos, adolescentes e adultos imunodeprimidos.
Para saber mais sobre as indicações e esquemas de vacinação ideal contra o pneumococo, veja nosso artigo sobre vacinas que previnem a pneumonia.
Vacina tríplice viral
Sarampo, caxumba e rubéola também são doenças transmissíveis pelo ar, através de gotículas expelidas com tosse e espirro. Algumas delas já possuem um crescimento tão grande no número de casos que estão prestes a entrarem novamente no status de “epidemia”, como é o caso do sarampo no Brasil e da rubéola em outros países da América Latina.
Por isso, a vacina SCR é indicada nesta época do ano. Ela deve ter tomada duas vezes ao longo da vida, com intervalo de um ou dois meses entre elas. A recomendação do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) é iniciar a vacinação da SCR aos 12 meses de vida, mas em caso de surtos pode-se iniciar a vacinação aos 6 meses.
Conheça melhor cada uma das doenças preveníveis pela vacina tríplice viral em nosso artigo sobre sarampo, caxumba e rubéola.
Vacina tríplice bacteriana
A vacina tríplice bacteriana é uma vacina obrigatória que protege contra difteria, tétano e coqueluche. Exceto pelo tétano, as outras doenças também são transmitidas através de gotículas no ar, e por isso sua prevalência é maior quando a temperatura baixa e o ar fica mais seco.
A vacina tríplice bacteriana pode ser celular ou acelular, com variantes destinadas à crianças ou adultos. Saiba mais sobre elas:
- DTPw: é usada na vacinação infantil pelo sistema público
- DTPa: é a vacina infantil disponível nas clínicas particulares, pois é acelular e possui menos chances de ter efeitos colaterais
- dTpa: também é uma vacina acelular, mas é destinada apenas a adultos, e está disponível apenas em clínicas particulares.
A vacina tríplice bacteriana acelular do tipo adulto (dTpa) é usada ao longo da vida como reforço, pois é necessário tomá-la a cada 10 anos. Ela também pode substituir a dose de reforço da DTPw ou DTPa aos 4 anos, além de ser uma vacina especialmente indicada para gestantes e adultos que convivem intensamente com crianças pequenas (professores, profissionais de saúde, babás e cuidadores).
As gestantes devem receber uma dose de dTpa, a cada gravidez, a partir da 20ª semana de gestação. Se não vacinadas durante a gravidez, devem receber uma dose após o parto, o mais precocemente possível (de preferência ainda na maternidade).
Saiba mais sobre a difteria e a coqueluche através de um artigo mais detalhado sobre a vacina tríplice bacteriana aqui no nosso Blog Imunocamp.
Ministério da Saúde, Portal Dráuzio Varella, Portal Minha Vida e Portal SBIM Família