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Julho Amarelo foi adotado pelo Ministério da Saúde como o mês de luta e prevenção contra as hepatites virais, uma das principais causas de câncer no fígado. Trata-se de uma infecção que atinge o fígado, causando alterações leves, moderadas ou graves.
A campanha de conscientização é um alerta é para que a prevenção se torne um hábito, principalmente para evitar que a doença evolua para seus estágios avançados.
No Brasil, as hepatites mais comuns são as causadas pelos os vírus A, B e C. A hepatite D é rara, mas aparece mais na região norte e nordeste do Brasil, enquanto a hepatite E é mais comum na África e na Ásia.
Segundo o mais recente Boletim Epidemiológico das Hepatites Virais, lançado em 2021 pelo Ministério da Saúde, 15.760 casos confirmados de hepatites A, B e C foram registrados em 2020. Do total, 38% dos casos são de Hepatite B e 58% de hepatite C.
Sintomas
As hepatites têm como característica serem infecções silenciosas na maioria das vezes, ou seja, não apresentam sintomas. Entretanto, quando aparecem, são facilmente confundidos com uma virose: cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal.
Em casos mais graves, apresenta pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. No caso das hepatites B e C, os sintomas ainda incluem ascite (barriga d’água) e confusão mental, sinais de que a doença atingiu estágios mais avançados.
Neste artigo, você pode conhecer melhor os sintomas e sequelas particulares de cada tipo de hepatite, além de conhecer recomendações gerais para evitar a doença. A forma mais eficaz de prevenção, porém, são as vacinas.
Vacina
A vacina contra Hepatite B deve ser tomada em 4 doses: ao nascer, em formulação isolada, e aos 2, 4 e 6 meses de vida, como parte da vacina hexavalente acelular.
Adultos que não se vacinaram seguem um esquema de três doses, com intervalo de um ou dois meses entre primeira e a segunda doses e de seis meses entre a primeira e a terceira (0-1 a 2 – 6 meses). Portadores de HIV e imunodeprimidos seguem um esquema especial, com doses reforçadas.
No caso da vacina para Hepatite A, recomenda-se a aplicação rotineira aos 12 e 18 meses de idade. Para adolescentes e adultos que não se vacinaram na infância, as doses devem ser aplicadas com 6 meses de diferença entre elas (esquema 0 – 6 meses).
Outra alternativa para os não vacinados na infância é a vacina combinada contra Hepatite A+B em três doses, no esquema 0-1-6 meses. Ainda que não exista vacina para hepatite C, os portadores do vírus devem receber as vacinas contra hepatites A e B, a vacina contra gripe todos os anos e a vacina contra pneumonia.
Todas as vacinas são recomendadas pelas sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) e estão disponíveis na Imunocamp!
Fontes: Portal SBIm Família, Site Dráuzio Varella e Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais 2021, do Ministério da Saúde.