Viagem chegando? Confira quais vacinas são necessárias para viajantes

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Homem esperando no aeroporto por não poder embarcar, já que esqueceu de tomar vacina de febre amarela para sua viagem.
Evite impedimentos na viagem: tenha suas vacinas em dia

Você sabia que pode ser impedido de embarcar na sua viagem ou ainda ser enviado de volta para o seu país caso chegue em alguns territórios sem as vacinas exigidas? Alguns países ou regiões do próprio Brasil possuem risco aumentado para algumas doenças infecciosas, e por isso algumas vacinas são necessárias se alguns desses territórios é o seu local de origem ou destino.

Para comprovar que as vacinas exigidas foram tomadas, as embaixadas exigem a apresentação de uma “carteirinha de vacinação internacional”, o Certificação Internacional de Vacinação e Profilaxia (CIVP), emitido por entidades habilitadas.

Em alguns casos, o documento é exigido mesmo para cidadãos que vão apenas passar pelos aeroportos, como conexões ou escalas. Dessa forma, o CIVP serve como uma maneira de prevenir a entrada de doenças em um país ou região, bem como protege o turista de um eventual contágio durante sua viagem.

Quais países exigem o Certificado Internacional de Vacinação?

Cada país tem sua própria recomendação (ou exigência) sobre quais vacinas o visitante deve tomar ao viajar. A ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) é a entidade responsável por emitir o documento de forma gratuita e vitalícia através de Centros de Orientação para a Saúde do Viajante ou pela internet. No site da agência, também é possível consultar quais vacinas são exigidas por quais países. 

Apesar das peculiaridades de cada região, existem algumas vacinas que são recomendadas para todo viajante. Exceto pela Febre Amarela, a recomendação é tomar essas vacinas no mínimo 8 semanas e no máximo 4 semanas antes da viagem. Conheça as principais:

Febre Amarela

É a única vacina obrigatória para brasileiros em escala mundial, pois o Brasil é visto como um país de alto risco para a doença. Geralmente, recomenda-se uma dose única durante a vida, mas como não há consenso sobre a duração da proteção dessa vacina, recomenda-se que os viajantes que se imunizaram antes dos 5 anos  de idade  tomem uma nova dose no mínimo 10 dias antes da viagem.

Caso o reforço da vacina já tenha sido tomado após essa idade, basta apresentar a carteira de vacinação comprovando a imunidade contra a febre amarela para adquirir o Certificado Internacional de Vacinação e Profilaxia (CIVP).

Tríplice Bacteriana e Poliomielite (dTpa-Vip)

A vacina contra tétano, difteria, coqueluche e poliomielite é um combo de imunização contra diversas doenças crescentes em diversos países. A coqueluche é considerada um importante problema de saúde pública nos países desenvolvidos, onde, a despeito das altas coberturas vacinais, a doença tem reaparecido em todas as idades. Surtos recentes de difteria também têm aparecido em países como Haiti e Venezuela, enquanto o Afeganistão, Paquistão e Nigéria são consideradas áreas de risco para a polio.

Se o esquema de vacinação básico for completo, o reforço com dTpa-Vip deve ser feito a cada 10 anos. Não vacinados ou aqueles com histórico desconhecido devem realizar uma dose de dTpa-Vip e duas doses de dT para completar as doses do componente tetânico.

Hepatites A e B

Qualquer país não desenvolvido (ou seja, todos exceto o Japão e aqueles da América do Norte, Oceania e Europa Ocidental) são considerados países de risco para Hepatite A. Por ser uma infecção sexualmente transmissível, a Hepatite B também é recomendada para viajantes que pretendem ficar 6 meses ou mais no local de destino.

A vacina Hepatite A+B é recomendada para crianças e adolescentes entre 1 e 16 anos em duas doses com intervalo de seis meses. Para adolescentes a partir dos 16 anos, adultos e idosos: três doses, sendo a segunda aplicada um mês após a primeira, e a terceira, cinco meses após a segunda.

Tríplice Viral (SCR)

Surtos de sarampo têm sido cada vez mais comuns no Brasil. Outros países da América Latina também tem apresentado números crescentes de rubéola. Por isso, alguns países passaram a exigir a vacina tríplice viral para viagem de brasileiros.

Para ser considerado protegido, todo indivíduo deve ter tomado duas doses na vida, com intervalo mínimo de um mês, aplicadas a partir dos 12 meses de idade. Caso do país de origem ou destino estiver passando por um momento de surto das doenças, uma terceira dose pode ser recomendada.

Antirrábica

A vacina contra a raiva deve ser realizada de forma preventiva para quem vai viajar para áreas endêmicas da América Latina, Ásia e África, principalmente em caso de viagens de aventura, como escaladas, exploração de cavernas, mochilões.

A recomendação de doses em caso de pré-exposição (como os viajantes): três doses, com intervalos de 7 e 21 ou 28 dias após a primeira aplicação (0-7-21 ou 28). A vacina também pode ser tomada após um acidente com animais, em quatro doses. A recomendação depende da situação do animal e do tipo e local do ferimento ou lambedura.

Com a chegada da vacina contra o coronavírus, é possível que ela se torne mais uma das vacinas obrigatórias no futuro! Além da recomendação da ANVISA, a Sociedade Brasileira de Imunização (@SBIm_nacional) também avaliza as vacinas citadas. Procure a Imunocamp e viaje em segurança!

Fontes: SkyScanner, Portal PebMed, Boletim Epidemiológico Paulista e SBIm Família.

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