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O movimento Novembro Azul surgiu na Austrália com um grupo de amigos que resolveu manter apenas o bigode no mês de novembro. Quando a brincadeira viralizou no mundo todo, o mesmo grupo decidiu aliar a ação a uma causa: o câncer de próstata.
O movimento foi angariando fundos, ganhou adeptos em várias partes do mundo e ampliou sua atuação para o debate sobre a saúde geral dos homens, que tem uma péssima fama quando o assunto é cuidar de si mesmo. Eles são menos propensos a aderir à medidas preventivas, mais resistentes no uso do preservativo e mais propensos a comportamentos de risco.
Uma pesquisa desenvolvida pela ONU Mulheres, o portal Papo de Homem e o Grupo Boticário em 2016 mostrou que os próprios homens reconhecem o problema. Intitulado de “Precisamos falar com os homens?”, o estudo aponta que 8 em cada 10 homens reconhecem que cuidam pouco da própria saúde e gostariam de mudar essa relação.
Tabu
Mas não são só os homens que negligenciam a própria saúde. A população masculina não foi alvo de políticas públicas até 2008, com a criação da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem. O documento reconhece que os homens costumam procurar os serviços de saúde apenas quando o problema já está presente, o que aumenta as chances de agravo na doença e gera mais custos ao sistema de saúde público.
Alguns dos motivos pelos quais os homens seriam mais negligentes com a saúde, segundo a PNAISH, seriam a crença de que o homem deve se preocupar mais com a renda e o trabalho – e que os horários de funcionamento dos serviços de saúde coincidem com o horário comercial, inviabilizando o atendimento aos homens – e a crença de que as doenças seriam sinais de fragilidade.
“A concepção ainda prevalente de uma masculinidade hegemônica é o eixo estruturante pela não procura aos serviços de saúde. Em nossa sociedade, o cuidado é papel considerado como sendo feminino e as mulheres são educadas, desde muito cedo, para desempenhar e se responsabilizar por ele”, diz o documento.
Reconhecer essas barreiras sócio-culturais e falar sobre elas é um dos primeiros passos para mudar as concepções masculinas e propor soluções para que o homem tenha mais acesso e acolhimento nos serviços de saúde, motivos esses da criação da Campanha Novembro Azul.
Câncer
No Brasil, um homem morre a cada 38 minutos devido ao câncer de próstata, segundo os dados mais recentes do Instituto Nacional do Câncer (Inca). É o segundo câncer que mais causa mortes em homens, atrás apenas do câncer de pele.
A idade é o único fator de risco reconhecido no mundo todo, com mais de 60% dos casos diagnosticados em homens com 65 anos ou mais. Filhos de pais que tiveram câncer de próstata e homens negros também têm mais risco para a doença.
Na fase inicial, o câncer de próstata não apresenta sintomas e quando alguns sinais começam a aparecer, o tumor já está em estágio avançado. A única forma de garantir a cura do carcinoma é o diagnóstico precoce, que em 20% dos casos é feito através do exame de toque.
Outra pesquisa realizada pelo psiquiatra Jairo Bouer com 3 mil adolescentes apontou que apenas 3,5% dos garotos afirmaram ir ao urologista, enquanto 55,8% vão ao clínico geral e 35,3% ao pediatra.
Aumentar a educação sobre a saúde do homem e incentivar a busca ativa pela saúde de forma preventiva é essencial para prevenir o câncer de próstata e todos os outros problemas de saúde tipicamente masculinos. O movimento Novembro Azul mexe com várias crenças e tabus que devem ser derrubados para melhorar a saúde dos homens.
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Fontes: PNAISH – Ministério da Saúde, portal Papo de Homem, Instituto Nacional de Câncer (INCA) e Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).