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A volta de doenças erradicadas reforça alerta em relação à vacinação de crianças e a necessidade de estarem em dia
As vacinas sempre foram parte importante na prevenção de moléstias. Entretanto nos últimos tempos no Brasil, têm surgido grupos contra a vacinação de crianças. E diversas fake news com informações que tem assustado o público.
Esses grupos afirmam que as vacinas podem causar problemas. Como por exemplo, gerar reações alérgicas, autismo e outros tipos de problemas mentais.
Isso gerou um alerta vermelho para o Ministério da Saúde, visto que houve uma queda brusca no número de crianças vacinadas. E isso se transformou em um problema de saúde nacional.
Várias doenças que já estavam erradicadas no Brasil, ressurgiram em vários estados, principalmente no norte do país. São elas o sarampo, a rubéola e a difteria. Mas outras podem voltar a atingir a população caso não haja uma conscientização da necessidade de vacinação.
O principal grupo atingido pela falta de vacinação, são as crianças. Muitos pais por temerem que seus filhos tenham reações alérgicas, ou por acreditarem que as vacinas farão mal a eles, deixam de aplicar as vacinas.
E este é o grande problema, as crianças acabam ficando suscetíveis a todos os tipos de vírus e bactérias. E além de serem prejudicadas, servem de transmissores para outras pessoas, crianças e adultos. Tudo isso se torna uma reação em cadeia, o que leva doenças a atingirem diversas pessoas e se transformar em uma epidemia.
CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO DE CRIANÇAS
Existe um calendário de vacinação para as crianças, feito exatamente para suprir a necessidade imunológica. Cada dose da vacina é dado em um período específico para que o corpo da criança crie resistência.
As principais vacinas dadas às crianças:
Ao nascer:
BCG – ID: A Bacilo Calmette-Guerin ou BCG, é a responsável por combater as formas mais graves de tuberculose, principalmente miliar e meníngea. É dada em dose única quando a criança nasce.
Hepatite B: A primeira dose administrada nas primeiras horas de vida. Protege contra o vírus da hepatite B. São ao todo três doses até os 6 meses de idade.
DURANTE O PRIMEIRO ANO DE VIDA
Hexavalente acelular (DTPa + Hib + Hepatite B+ poliomielite -VIP): protege contra a Difteria, Coqueluche, Tétano, infecções provocadas pela bactéria Haemophilus Influenzae tipo B (meningite e pneumonia), Hepatite B e poliomielite. Aos 4 meses pode ser feita a hexavalente ou a pentavalente acelular (dependendo da disponibilidade) sendo que essa última protege contra as mesmas moléstias que a hexavalente, exceto a hepatite B
Rotavírus: previne infecções por rotavírus que causa a gastroenterite, responsável por problemas no estômago e intestino, gerando fortes vômitos e diarreia, que podem levar a quadros graves de desidratação.
Pneumococo: previne principalmente as formas graves de doença causada por essa bactéria como a meningite e septicemia (infecção generalizada), e protege também, de forma parcial contra a pneumonia e otite.
Meningite meningocócica: temos disponível para proteção vacinas contra os sorogrupos: ACWY e B. A doença meningocócica provoca uma inflamação nas meninges (“membrana” que envolve o sistema nervoso central) podendo provocar o óbito em poucas horas.
Febre Amarela: com o ressurgimento dessa doença, desde 2017 tornou-se recomendado pelo Ministério da Saúde a vacinação a partir dos 09 meses de idade.
VACINAS APÓS 01 ANO DE VIDA
Tríplice Viral (SRC ou MMR): Protege contra a Rubéola, Sarampo e Caxumba, sendo indicado duas doses.
Varicela (Catapora): São duas doses que podem ou não ser aplicada com a Tríplice Viral.
Hepatite A pediátrica: protege contra essa forma de hepatite que normalmente é contraída através de exposição a região com saneamento básico insatisfatório, ou ingestão de alimentos contaminados.
Entre o primeiro e segundo ano de vida serão ainda necessários reforços das vacinas: Pentavalente acelular, meningites ( ACWY e B ) e pneumocócica.
Aos 4 anos: novos reforços também serão necessários (meningites, difteria, tétano, coqueluche, poliomielite) e por isso é preciso atenção redobrada nas anotações nas cadernetas de vacinação.
A vacina anti influenza (gripe) deverá ser dada a partir de 6 meses de vida, com reforços anuais, durante a época de circulação desse vírus.
Aos 9 anos, deve ser iniciada a proteção contra o HPV para meninos e meninas. Esse vírus é responsável pelo câncer de colo de útero, ânus, pênis, orofaringe, e também pode provocar verrugas em região genital.
Fiquem atentos também às campanhas de vacinação. Não deixe de levar seu pequeno nessas datas, para se proteger contra doenças que podem ressurgir e serem fatais.
Essas são as vacinas aplicadas para a proteção das crianças, para saber mais confira o calendário de vacinação para as crianças.
A IMPORTÂNCIA DA VACINAÇÃO EM CRIANÇAS
A vacinação é a forma como ensinamos o nosso corpo a reagir contra agentes patogênicos agressores, que são os responsáveis pelas doenças. Desta maneira quando seu corpo for exposto ao patógeno, ele estará protegido e terá anticorpos para combatê-los.
Para as crianças esta proteção é ainda mais necessária, pois suas barreiras contra vírus e bactérias, ainda não estão totalmente desenvolvidas. Por isso as torna mais suscetíveis a contraírem doenças graves.
Por isso estar com o calendário de vacinação dos pequenos em dia é muito importante. Isso os protege de inúmeras doenças, e de desenvolverem problemas de saúde durante o seu crescimento.
Fontes:
https://sbim.org.br/images/calendarios/calend-sbim-crianca.pdf
http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/vacinacao/calendario-vacinacao
http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/vacinacao/vacine-se
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