Pneumonia: saiba tudo sobre o contágio, sintomas e prevenção.

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Vacina anti pneumocócica, saiba tudo sobre a pneumonia e sobre as prevenções!
Vacina contra a pneumonia

A pneumonia é uma doença causada por microorganismos como vírus, bactérias ou fungos, que se instalam no pulmão. Em alguns casos, esses micróbios atingem os alvéolos pulmonares, onde ocorre a troca gasosa, e aí se instala uma pneumonia.

Todos os anos, estima-se que 900 mil casos de pneumonia ocorram no Brasil, segundo a Organização Mundial da Saúde. Outro levantamento do Ministério da Saúde entre 2015 e 2017 apontou que 80% das mortes por pneumonia no país são de idosos, enquanto 2 mil crianças menores de 5 anos morrem de pneumonia todos os dias no mundo, sendo a principal causa de morte infantil no planeta.

Transmissão e fatores de risco

Assim como ocorre com outras doenças respiratórias, a tosse, espirros, compartilhamento de itens individuais (como talheres e copos) e a convivência em locais fechados com aglomerações podem ser fatores que predispõe a transmissão de pneumonia.

Ela geralmente atinge idosos e crianças pequenas, que possuem o sistema imunológico mais frágil, e também costumam acontecer em maior frequência no inverno, pois as pessoas comumente se aglomeram em locais fechados.

Também existem alguns fatores de risco que deixam a imunidade mais fraca e o corpo mais suscetível a esses micróbios, tais como:

  • Mudanças bruscas de temperatura;
  • Cigarro e bebidas alcoólicas;
  • Baixa umidade do ar;
  • Viroses respiratórias mal cuidadas;

Sintomas

Como vimos, basta a imunidade baixar um pouquinho para ficar suscetível às pneumonias. Por isso, é importante saber reconhecer os sintomas mais comuns:

  • Tosse
  • Dor no peito
  • Febre alta
  • Falta de ar
  • Cansaço excessivo
  • Catarro amarelado ou esverdeado
  • Alterações na pressão arterial
  • Suor intenso à noite
  • Confusão mental

Pneumonia bacteriana

A pneumonia causada por vírus geralmente pode ser causada pelo vírus da gripe, ou outro vírus respiratório que teve sua evolução desfavorável. É mais transmissível, porém mais leve. Já a pneumonia fúngica costuma ser rara e atingir pacientes de doenças crônicas, ou imunodeprimidos.

A pneumonia bacteriana pode ocorrer como agravamento de resfriado ou gripe ou por conta própria, quando algumas bactérias já estão presentes em nosso nariz, boca, garganta, pele e sistema digestivo, e acabam evoluindo para uma pneumonia quando nossa imunidade cai. As bactérias mais comumente responsáveis por causar pneumonia são, em ordem:

  • Streptococcus pneumoniae (pneumococo)
  • Staphylococcus aureus
  • Haemophilus influenzae
  • Klebsiella pneumoniae

Prevenção

Algumas vacinas podem prevenir a pneumonia, como a vacina da gripe e a vacina contra o Haemophilus influenzae B. Porém, como a pneumonia mais comum é causada pela bactéria pneumococo, vamos falar em mais detalhes das vacinas que combatem esse micróbio.

As vacinas pneumocócicas, como são conhecidas, não apenas combatem à pneumonia, mas outras doenças graves causadas pela bactéria, como meningite e otite. São três: a vacina pneumocócica conjugada 10-valente (VPC-10), a 13-valente (VPC-13) e a polissacarídea 23-valente (VPP23).

VPC13

A vacina pneumocócica conjugada 13-valente, em específico, previne cerca de 90% das doenças graves causadas por 13 sorotipos da bactéria. Ela é usada principalmente na vacinação infantil, sendo indicada para crianças entre 2 meses e 6 anos. É ela que “introduz” a proteção contra a bactéria ao corpo, e segue sendo recomendada para a vacinação de adolescentes, adultos e idosos sem histórico de vacinação ou com imunização incompleta.

A vacina é recomendada para bebês em quatro doses: aos 2, 4 e 6 meses de vida, com reforço entre 12 e 15 meses. Para crianças entre 1 e 2 anos não vacinadas anteriormente, são recomendadas duas doses com intervalo de dois meses. Já para crianças maiores de 2 anos, adolescentes e adultos não vacinados anteriormente ou com histórico incompleto, é indicado apenas uma dose.

VPP23

A vacina pneumocócica polissacarídea 23-valente atua como um complemento à VPC13, aumentando a gama de sorotipos de pneumococo que ela protege de 13 para 23. Ela atua como um “super reforço” à VPC-13 para idosos e crianças acima de 2 anos, adolescentes e adultos imunodeprimidos (que possuem diabetes, doenças cardíacas e respiratórias graves; sem baço ou com o funcionamento comprometido desse órgão; com problemas de imunidade, etc).

Idealmente, deve-se iniciar o esquema com a aplicação de vacina pneumocócica conjugada (VPC13) e aplicar uma dose da VPP23 seis a doze meses depois da dose da vacina conjugada, e outra dose de reforço cinco anos após a primeira dose de VPP23. Na maioria das vezes não se recomenda aplicar mais de duas doses de VPP23.

Na rede pública de saúde ainda pode ser encontrada a vacina pneumocócica conjugada 10-valente (VPC10), que protege contra um número menor de subtipos do pneumococo, em apenas duas doses: aos 2 e 4 meses, além de um reforço aos 12 meses.

Porém, as sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam, sempre que possível, o uso da VPC13, devido à proteção contra mais sorotipos. Tanto a VPC13 quanto a VPP23 estão disponíveis em clínicas particulares de vacinação, e também nos CRIEs ( Centro de Referência de Imunobiológicos especiais) , para pacientes imunodeprimidos ou que apresentem condições especiais, acima de 5 anos de idade.

Procure-nos e proteja-se!

Fontes: Ministério da Saúde, Portal Dráuzio Varella, Portal Minha Vida, Portal Família SBIm e Portal Uol

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